quinta-feira, 19 de janeiro de 2012

Como explicar a crise às crianças?

A crise pode servir para as famílias repensarem as prioridades de consumo e para evitar o desperdício. Pode servir para ensinar as crianças a distinguir entre o essencial e o acessório.
A crise mudou a vida de muitos pais e também de crianças. Os pediatras aconselham os pais a não esconderem o problema, devemos explicar aos mais novos o drama dos problemas financeiros quando eles fizerem certas perguntas. 

“É uma excelente altura para mostrar às crianças que, por exemplo, uma ida a um parque colher folhas secas, fazer colagens ou apanhar pedras e pintar, ou ir a uma praia apanhar conchas, podem ser actividades de ‘custo zero’ que dão prazer e conhecimento, entretenimento e gozo e que não se compram”.


As próprias crianças têm de aprender a valorizar o que é essencial e a perceber que não são mais felizes por terem mais roupa ou brinquedos.



Por exemplo, quando a criança pergunta aos pais porque é que não pode ter um brinquedo novo, é essencial que «os pais integrem as crianças nas poupanças em tempo de crise. Ou seja, fazer com que elas se sintam parte da resolução». 

Não esconder das crianças os tempos difíceis de crise e envolvê- las nas poupanças familiar, só assim, elas sentirão que estão a ajudar, vão sentir-se melhor, caso contrário podem até pensar que os problemas económicos da família são culpa delas. 

E deve explicar-se a crise às crianças? 



Defendo que sim, porque é importante que elas percebam que os pais têm menos poder de compra.


Quando os filhos perguntam o que é a crise, tudo deve ser explicado numa linguagem próxima do nível de entendimento da criança. Não se deve «explicar coisas a mais». Basta responder às perguntas dos filhos de forma simples.

Apesar disso, também devem sentir que isso não vai afectar o bem-estar ou as suas necessidades básicas, associadas ao sentimento de cuidar e de proteger.


“Explicar com a verdade, sem entrar em pormenores ou áreas que eventualmente as crianças não compreendam. Mas deve dar-se uma noção das causas e consequências e da interdependência dos vários fenómenos”
o melhor é um discurso simples que não assuste as crianças. 

«Crise até tem um lado positivo»

Nestas idades, a crise pode ter um lado positivo, «É nestas alturas que as crianças podem construir valores morais e aprender a partilhar». Isto é, ao compreenderem as dificuldades por que passa a família, ou outras pessoas, aprendem também elas a fazer frente aos problemas.

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