quinta-feira, 17 de novembro de 2011

Sete etapas para derrotar as birras do seu filho!!!

Aqui ficam algumas pistas sobre como superar as birras quando estas já estão em fase mais avançada. Começar cedo a criar hábitos é a primeira etapa para evitar as teimas frequentes. A disciplina é importante, desde que aplicada com justiça e tendo em conta a fase de desenvolvimento da criança. No entanto, as regras só fazem sentido quando a relação é marcada pela afectividade. Amar, brincar e valorizar são as três premissas que todos os pais devem utilizar na sua relação com os filhos. E chantagear ou ameaçar a criança é o comportamento a evitar.


1.º passo Primeiro é preciso tempo. A criança precisa do confronto com o adulto para conhecer os seus limites e saber lidar com a frustração de não ter tudo aquilo que quer. E estas duas aquisições (resultantes das birras e do modo como são geridas) vão ser muito importantes para o seu desenvolvimento pessoal.

2.º passo É preciso fazer uma selecção das birras. A criança deve poder ganhar pequenas batalhas, como, por exemplo, escolher o livro que os pais lhe vão ler antes de ir para a cama ou comer uma banana em vez de morangos. Os educadores podem aceitar esse tipo de recusas ao mesmo tempo que procuram estimular a criança a argumentar sobre as razões da discórdia. Em contrapartida, há que ser firme face a tudo o que a ponha em perigo (andar de carro sem cadeirinha, mexer na gaveta dos talheres), que a prejudique (deitar-se tarde, comer demasiados doces ou usar sandálias no Inverno), e que a faça sentir-se a dona dos pais e da casa (dar pontapés à mãe durante a birra, exigir brinquedos, etc.).

3.º passo Não entrar em grandes explicações morais sobre a razão por que a criança não pode fazer o que quer, nem apelar aos seus sentimentos. Recorrer à frases como "olha que a mãe fica triste? só enerva mais a criança e dá-lhe mais espaço para aumentar a birra. O sentimento de culpa (sem razão) não desarma a génese do capricho e prejudica a formação do amor-próprio.

4.º passo Não ceder a meio de uma birra. Se os pais concluem que não devem fazer a vontade, não devem desistir, mas nunca confundir rigidez com agressividade. Os educadores podem até concluir mais tarde que deviam ter cedido, mas têm a possibilidade de o fazer numa próxima ocasião. Alterar as regras a meio da birra provoca uma grande ambivalência e dificulta à criança a apreensão das regras e dos limites.

5.º passo É igualmente importante demonstrar à criança que pode chorar (até faz bem), queixar-se e procurar consolo no seu colo ou com a ajuda de algum objecto de conforto. É fundamental que os adultos ajudem as crianças a acalmar--se. Não usar o choro para as diminuir: "És um mariquinhas" ou "olha o bebé chorão" são comentários desnecessários, que humilham o seu filho. O que se pretende é que a criança vá deixando de fazer birras. Com tempo e persistência, obtêm-se resultados.

6.º passo Depois de os ânimos serenarem, a criança deve ser valorizada por ter conseguido acalmar-se sem o seu desejo ter sido satisfeito. 

7.º passo Nas birras em contexto escolar é fundamental que pais e educadores estejam de acordo. Em caso algum devem entrar em desacordo em frente da criança, pois esta vai tirar partido destas diferenças. Em situações extremas, em que os pais tenham a sensação de que já não controlam a situação, não hesitar em procurar apoio profissional.

Sem comentários:

Enviar um comentário